domingo, 10 de janeiro de 2016

Concursos vão exigir novas regras

Os concurseiros que terão provas em 2016 devem estar atentos. Desde o dia 1º de janeiro já estão em vigor as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que a partir deste ano serão obrigatórias. A proposta veio desde 2009 com diversas mudanças, como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais. Apesar das mudanças já em uso, no entanto, a obrigatoriedade para o uso das novas regras ainda não existia
 
 
O Acordo Ortográfico foi implementado em 2009, mas sem nenhuma obrigatoriedade, com início previsto para o início de 2013 
 O Acordo Ortográfico foi implementado em 2009, mas sem nenhuma obrigatoriedade, com início previsto para o início de 2013
 
 
A intenção do novo acordo, conforme assinatura em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), era padronizar as regras ortográficas. O acordo foi implementado em 2009, mas sem nenhuma obrigatoriedade, com início previsto para o início de 2013. Porém, após grande rejeição da sociedade, o governo adiou a data para entrada em vigor do acordo.

A partir do Decreto 7.875/12, de 27 de dezembro de 2012, o período de transição para a utilização da nova ortografia foi ampliado. O limite para a obrigatoriedade, que seria 1º de janeiro de 2013, foi fixado para 1º de janeiro de 2016, quando deixaram de coexistir as duas ortografias no país. Agora, bancas dos concursos vão explorar a nova ortografia e é preciso que o candidato esteja atento às mudanças.

Uma das alterações é referente à inclusão das letras k, w e y que, apesar de serem comuns em palavras indígenas ou abreviações (km ou kw/h, por exemplo), só agora passam a integrar o alfabeto oficial, que passa de 23 para 26 letras.

Outra mudança foi com relação aos acentos diferenciais. Foram extintos a maioria, como agudo de “pára” (do verbo parar) e “para” (preposição), que passam a ter a mesma grafia. Porém, ainda há exceções, como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que mantiveram os acentos diferenciais.

No caso do acento circunflexo nas palavras terminadas em “êem”, também deixa de existir a acentuação. “Leem”, “creem”, “veem” e em substantivos como “enjoo” e “voo” não são mais acentuadas. O acento agudo também foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes “éi” e “ói”), mudando a grafia de assembleia,  colmeia e  jiboia.

Além das mudanças na acentuação, também está exitinto o trema, que eram dois pontos sobre o “u”. A mudança, contudo, é somente para a parte escrita, pois “linguiça”, “cinquenta” e “tranquilo”, apesar da nova grafia, mantêm a mesma pronúncia.

Tão importante quanto as mudanças na acentuação são as alterações no uso do hífen. Quando a segunda palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra, anti-séptico passou a ser antisséptico), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada), com a exceção de letras iguais (micro-ondas, anti-inflamatório).

Importância

Português é a matéria confirmada na grande maioria dos concursos do país. Por isso, mesmo os candidatos que buscam diversas áreas não podem relaxar quanto ao conteúdo, principalmente após as mudanças no acordo ortográfico. Concurso como o do INSS, IBGE, EBSERH e Caixa cobram conteúdos como Compreensão e interpretação de textos, Emprego das Classes das Palavras, Concordância  Nominal e Verbal, crase e Sintaxe da Oração, com pequenas variações de um certame para o outro. Em todos, no entanto, está ortografia oficial e acentuação gráfica, que serão diretamente afetadas com as mudanças.
 
Tribuna Norte 
 

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