sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carla Ubarana afirma que pediu asilo político no exterior


O escândalo dos precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) pode ganhar repercussão internacional. Carla Ubarana, ex-chefe do setor de precatórios do tribunal, e seu marido, o empresário George Leal, acusados no processo deflagrado após a Operação Judas, pediram asilo político a consulados e embaixadas estrangeiras, por meio de uma série de documentos encaminhados aos Estados Unidos, Canadá, França e Suíça. A informação foi dada ontem pelo casal ao Diário de Natal. A servidora do TJ afirma que a decisão se deve à falta de segurança sentida pelo casal e sua família. " Nos sentimos ameaçados e pedimos a ajuda externa para garantir nossa integridade e nossos familiares", explicou Carla Ubarana, em contato com a reportagem.

Servidora do TJ acusada de desvios de precatórios quer sair do país para reconstruir a vida com o marido e os filhos. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press

A escolha dos quatro países levou em conta se tratar de lugares que o casal já visitou e conhece a língua. Ubarana fala inglês e francês. Ela destaca que a solicitação de asilolevou em conta a falta de segurança da família, ameaças sofridas e o corte do salário da servidora, que está sem receber do TJ desde janeiro, o que considera "perseguição". A Ação Penal Pública na qual os dois são réus também foi anexada. Segundo Carla Ubarana, o pedido foi encaminhado via carta registrada aos quatro consulados. Ela afirma que o casal já recebeu a resposta positiva, e a segunda etapa é o encaminhamento da soliticação para as embaixadas, nas capitais, para que seja dado o parecer. "Acreditamos que em um prazo médio de dois meses teremos a resposta final", comentou.

Segundo ela, organismos internacionais e governos estrangeiros contatados já têm conhecimento oficial do processo e da falta de segurança vivida pela família Ubarana desde que a Operação Judas foi iniciada. Ontem, Carla Ubarana relatou que pessoas estranhas continuam a se aproximar do casal. Na última quarta, por volta das 17 horas, ele teria notado a aproximação de um estranho quando se dirigia à escola da filha. Logo, apontou umacâmera fotográfica em sua direção e ligou para o marido. "Ele saiu correndo. Acho que não estava sozinho", relata. 

Diário de Natal

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