
A assessoria de imprensa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que os advogados do
ex-presidente solicitarão acesso à delação premiada do ex-deputado Pedro
Corrêa. “Diante da evidência de mais um vazamento ilegal, os advogados
do ex-presidente Lula vão requerer acesso ao suposto depoimento do réu
Pedro Corrêa, para tomar as medidas cabíveis diante de mais uma
arbitrariedade contra Lula”, afirmou, o Instituto Lula, em nota.
De acordo com reportagem
publicada pela revista Veja, em seus depoimentos Corrêa detalhou como
era discutida a partilha de cargos no governo do ex-presidente, disse
que Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção na Petrobras e
descreve um suposto diálogo entre Lula e o ex-presidente da Petrobras
José Eduardo Dutra sobre um impasse na nomeação de Paulo Roberto Costa
para a diretoria da estatal. “Não se pode tomar como verdade a palavra
de réus confessos, que negociam acusações sem provas em troca de sair da
cadeia”, diz Lula.
A assessoria do ex-presidente lembra
que o ex-deputado foi condenado a 20 anos por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro e diz que para não cumprir a pena “aceitou negociar
com o Ministério Público Federal uma narrativa falsa envolvendo o
ex-presidente Lula, inventando até mesmo diálogos que teriam ocorrido há
12 anos”.
“É repugnante que policiais e
promotores transcrevam essa farsa em documento oficial, num formato
claramente direcionado a enxovalhar a honra do ex-presidente Lula e de
um dos mais respeitáveis políticos brasileiros, o falecido senador José
Eduardo Dutra, que não pode se defender dessa calúnia”, diz a nota.
O ex-presidente também
acusa a revista Veja por “mais uma reportagem caluniosa”. Segundo a
assessoria de Lula, a publicação “há décadas mente e faz campanha contra
o ex-presidente”. “Há mais de dois anos o ex-presidente Lula tem suas
contas, impostos, viagens e conversas devassadas e não se encontrou
nenhum fato que o associe aos desvios da Petrobras, porque Lula sempre
agiu dentro da lei”, diz a nota.
A assessoria de Lula diz ainda que o “Estado de Direito não comporta
esse tipo de manipulação, insidiosa e covarde”. “A utilização desse
recurso nojento é mais uma evidência de que, após dois anos de
investigação, a Lava Jato não encontrou nenhuma prova ou sequer indício
de participação de Lula nos desvios da Petrobras, porque o ex-presidente
sempre agiu dentro da lei. E por isso apelam a delações mentirosas”,
afirma o Instituto Lula.
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