O corpo de Gizela Paiva Mousinho, que foi baleada e morta na noite
de ontem (2), está sendo velado no Centro de Velório da Rua São José, em
Lagoa Nova. Às 14 horas será celebrada uma missa e o enterro no
Cemitério Morada da Paz, em Emaús está previsto para às 16 horas.
Pela
manhã, centenas de pessoas foram prestar solidariedade à família. No
livro de registro de presença, mensagens de cunho religioso. "Que Deus,
em sua infinita bondade, reserve um caminho de luz nessa sua chegada à
eternidade", escreveu uma senhora. "Deus dará força à família para
enfrentar este momento tão difícil", escreveu outra.
No
entanto, nas conversas, o clima era de indignação. "Até onde vai essa
violência? Como pode alguém tirar a vida de uma mulher jovem de forma
tão fria e cruel?", indagou o radialista Hélio Câmara. "Foi uma coisa
terrível o que aconteceu com essa moça", disse o ex-secretário de
segurança pública, Manoel de Brito, ao chegar para o velório de uma
outra pessoa, na capela ao lado.
A
versão de que o trio que abordou o carro e matou Gizela era formado por
duas mulheres e um homem foi confirmada pelo pai da vítima: "Eles
pediram a chave do carro e mandaram que se afastasse. Quando ela voltou
para pedir que liberassem a filha, foi atingida na garganta por um tiro à
queima-roupa, disparado por uma mulher, a de cabelo louro. E quando a
menina gritou ao ver a mãe caída, ela disse: "cale a boca senão você
morre também", relatou João de Paiva.
Os
bandidos saíram no carro levando a filha única de Gizela, que tem 18
anos e estava acompanhada do namorado. "Mais na frente eles liberaram os
dois e depois jogaram o celular no mato", complementou o pai da vítima,
ao explicar para um grupo de amigos, detalhes da tragédia.
O
carro foi abandonado e o celular encontrado pela polícia. As buscas
foram iniciadas a partir dos depoimentos de testemunhas e de imagens de
câmeras de segurança. Tão logo o crime chegou ao conhecimento do público
ontem à noite, através das redes sociais, internautas pediram ao
governador Robinson Faria ações mais efetivas na área de segurança, com
mais policiais nas ruas e "tolerância zero" ao tráfico de drogas.
No
Facebook, Lorena Leão, prima de Gizela, postou o seguinte texto: "Na
hora da despedida, do adeus que não tem retorno, sobram as palavras e o
conforto possível. Nossa querida prima se foi deste plano da existência,
deixando junto da família que tanto a amava, ama e amará, uma saudade
eterna e uma tristeza imensa que se reflete em um luto carregado. Agora
uma estrela nova ilumina o céu, para sempre ela viverá em nossos
corações, em nossas saudades e principalmente na memória e constante
lembrança da vida que foi a sua, e da pessoa maravilhosa que ela foi."
Tribuna Norte
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