domingo, 3 de janeiro de 2016

Crime no bairro de Lagoa Nova comove Natal e população pede ações na área de segurança




O corpo de Gizela Paiva Mousinho, que foi baleada e morta na noite de ontem (2), está sendo velado no Centro de Velório da Rua São José, em Lagoa Nova. Às 14 horas será celebrada uma missa e o enterro no Cemitério Morada da Paz, em Emaús está previsto para às 16 horas.
Gisela Mousinho foi morta durante assalto na noite de sábado (2)
Pela manhã, centenas de pessoas foram prestar solidariedade à família.  No livro de registro de presença, mensagens de cunho religioso. "Que Deus, em sua infinita bondade, reserve um caminho de luz nessa sua chegada à eternidade", escreveu uma senhora. "Deus dará força à família para enfrentar este momento tão difícil", escreveu outra.

No entanto, nas conversas, o clima era de indignação. "Até onde vai essa violência? Como pode alguém tirar a vida de uma mulher jovem de forma tão fria e cruel?", indagou o radialista Hélio Câmara. "Foi uma coisa terrível o que aconteceu com essa moça", disse o ex-secretário de segurança pública, Manoel de Brito, ao chegar para o velório de uma outra pessoa, na capela ao lado.

A versão de que o trio que abordou o carro e matou Gizela era formado por duas mulheres e um homem foi confirmada pelo pai da vítima: "Eles pediram a chave do carro e mandaram que se afastasse. Quando ela voltou para pedir que liberassem a filha, foi atingida na garganta por um tiro à queima-roupa, disparado por uma mulher, a de cabelo louro. E quando a menina gritou ao ver a mãe caída, ela disse: "cale a boca senão você morre também", relatou João de Paiva.

Os bandidos saíram no carro levando a filha única de Gizela, que tem 18 anos e estava acompanhada do namorado. "Mais na frente eles liberaram os dois e depois jogaram o celular no mato", complementou o pai da vítima, ao explicar para um grupo de amigos, detalhes da tragédia.

O carro foi abandonado e o celular encontrado pela polícia. As buscas foram iniciadas a partir dos depoimentos de testemunhas e de imagens de câmeras de segurança. Tão logo o crime chegou ao conhecimento do público ontem à noite, através das redes sociais, internautas pediram ao governador Robinson Faria ações mais efetivas na área de segurança, com mais policiais nas ruas e "tolerância zero" ao tráfico de drogas.

No Facebook, Lorena Leão, prima de Gizela, postou o seguinte texto: "Na hora da despedida, do adeus que não tem retorno, sobram as palavras e o conforto possível. Nossa querida prima se foi deste plano da existência, deixando junto da família que tanto a amava, ama e amará, uma saudade eterna e uma tristeza imensa que se reflete em um luto carregado. Agora uma estrela nova ilumina o céu, para sempre ela viverá em nossos corações, em nossas saudades e principalmente na memória e constante lembrança da vida que foi a sua, e da pessoa maravilhosa que ela foi."
 
Tribuna Norte

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