segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Advogado nega as acusações sobre presidente da Câmara de Assu

Advogado Antônio Carlos Oliveira falou com a imprensa nesta segunda (17) sobre a prisão do vereador Odelmo Rodrigues.

O advogado Antônio Carlos Oliveira afirmou, na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (17), que o presidente da Câmara dos Vereadores de Assu, Odelmo Rodrigues, foi vítima de uma perseguição política. O vereador é um dos acusados da Operação Mal-Assombro, que foi deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil no dia 31 de agosto.

A Operação investiga a participação de pessoas em grupos de extermínio da região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte. Quando Odelmo Rodrigues foi preso, a Polícia apreendeu na sua residência três armas, um rifle calibre 22, uma carabina calibre 38 e uma garrucha.

Oliveira disse que não existem provas que o vereador foi líder de um grupo de extermínio. Além disso, ele afirmou que o seu cliente está se sentindo ameaçado e teme que sua carreira seja prejudicada por conta do escândalo. “Odelmo está preso por suposição, contrariando, assim, o que propõe a legislação”, disse o advogado.

O processo da operação diz que o vereador foi o mandante do assassinato, ocorrido no ano de 2000, de Joaquim Gomes, um dos pistoleiros do suposto grupo de Rodrigues. Sobre esse assunto, o advogado questionou o porquê dessa acusação só foi investigada em ano eleitoral e não antes. “Por que não prenderam Odelmo há 12 anos atrás?”.

Antônio Carlos admitiu que o seu cliente conhecia o Joaquim, pois ele era amigo da família do político, mas que nunca trabalhou com ele. 

Documento também afirma que ele teria contratado, por R$ 50 mil, dois pistoleiros para matar o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), após ter tido uma desavença. O processo da Operação Mal-Assombro conta que os dois bandidos foram mortos por conta do fracasso da execução.

Contudo, o advogado negou essa acusação e disse que o vereador e deputado havia tido uma desavença por conta de um dos irmãos de Rodrigues, mas depois voltaram a se entender. “Ele não tem nenhum problema com Nélter”, afirma.

Recentemente, a Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) autorizou que o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) escoltasse o deputado e o prefeito de Assu, Ivan Lopes.

Antônio Carlos disse que já entrou com o pedido de Habeas Corpus e que a previsão é que o vereador seja solto ainda nesta semana.

Os familiares de Odelmo enviaram uma carta aberta dizendo que ele não é envolvido em crimes e negando as acusações. O vereador iria falar com a imprensa para mostrar a sua versão, mas o Comandante da Polícia Militar, Coronel Araújo, não autorizou. 

Por isso, a defesa teve que pedir uma autorização da 3ª Vara Criminal para que pudesse se pronunciar, mas até o final da manhã o documento não havia chegado. “Ele está querendo muito mostrar a sua versão dos fatos”, garante o advogado.

Nominuto.com

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