quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio Grande do Norte apresenta problema no quesito saúde bucal


A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) divulgou a pesquisa sobre a saúde bucal dos potiguares (SB-RN-2010). O levantamento é uma iniciativa da Sesap em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (FAPERN) e Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Intenção é fazer um acompanhamento e uma avaliação para organizar serviços relacionados à saúde bucal do Estado. 

A pesquisa foi feita com 5.643 pessoas, em 24 municípios e com a faixa etária entre os 5 aos 74 anos de idade. Os dados foram coletados no ano de 2010, mas só foram divulgados na quarta-feira (13). Foi pesquisada a ocorrência de cáries, condição periodontal, má oclusão, necessidade de prótese e acesso aos serviços de saúde bucal.

Os dados apresentados mostram que crianças com 5 anos de idade já tiveram, pelo menos, três dentes danificados pela cárie e adolescentes, com a faixa etária de 12 anos, possuem, em média, quatro dentes com os mesmos problemas. No Nordeste, adolescentes com essa mesma faixa etária têm, em média, 2,6 dentes cariados.

Outro resultado bastante preocupante é que 32,8% dos adolescentes, com idades entre 15 a 19 anos, já apresentam a necessidade do uso de prótese dentária, número bem acima do Nordeste (17%) e Brasil (13,7%). Os idosos entre 65 a 74 anos já extraíram 28,2 dentes, o ser humano adulto possui, ao todo, 32 dentes.

A coordenadora do Grupo Auxiliar de Saúde Bucal da Sesap, a dentista Goretti Menezes, disse que apesar desses dados negativos, o Governo do RN criou laboratórios em 50 municípios para que possam fabricar próteses dentárias. Esses começaram a ser construídos há 7 anos. 

Menezes disse que isso será o pontapé inicial do governo para fazer projetos sobre a saúde bucal. “As cidades serão aptas para criar as próteses”, disse. Apesar de estar criando laboratórios para próteses, o Governo vai realizar campanhas para impedir que os cidadãos as usem e tenham uma melhor saúde bucal.

A dentista falou que está criando campanhas de promoção e prevenção à saúde bucal, como indo às escolas para aplicar flúor e ensinar a forma correta de escovar os dentes, além de mostrar a importância de se realizar a higiene bucal. “A necessidade bucal é independente da faixa etária”, respondeu Menezes. 

Mesmo com esses dados negativos, o Rio Grande do Norte apresenta um índice acima do Nordeste quando se fala em procura dos serviços de odontologia. A pesquisa mostrou que 79,3% das crianças na faixa etária dos 12 anos já realizaram alguma consulta com o dentista, no Nordeste essa média é de 73,1%.

No Brasil este índice está em 80,5%. O tipo de atendimento odontológico é predominantemente realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nesta faixa etária, com 78,8%.

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