É
destaque no Correio Braziliense que no país vice-campeão mundial em
cirurgias estéticas, onde o uso abusivo dos remédios emagrecedores levou
a restrições na venda e segundo mercado de academias de ginástica — com
6,7 milhões de matriculados em 22,4 mil estabelecimentos, perdendo
apenas para os Estados Unidos —, é grande o alvoroço em torno de
substâncias que prometem acelerar a conquista do corpo perfeito. Além
dos anabolizantes, que são medicamentos de controle especial, uma série
de produtos agrupados no conceito genérico de suplementos tem sido
consumida de forma perigosa no Brasil — sem orientação médica ou
nutricional. O comércio ilegal, que trabalha principalmente com
formulações proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), nunca foi tão intenso no país.
Só na fronteira com o Paraguai, a Receita Federal brasileira
apreendeu 49.670 unidades de anabolizantes, frascos de suplementos
alimentares e vitaminas em 2012 — um aumento de 320% em relação ao ano
anterior, que fechou com 11.593 produtos. Apenas nos três primeiros
meses de 2013, foram 1.589 hormônios sintéticos confiscados, 56% a mais
que todo o montante do ano passado, e 11.743 suplementos. Juntos, o
volume total de janeiro a março já representa 25% de tudo que foi
apreendido em 2012. Ao contrário dos demais órgãos no país, que
classificam tais produtos como medicamentos sem distingui-los de
substâncias com outras finalidades, como abortivos e estimulantes
sexuais, a Delegacia da Receita em Foz do Iguaçu (PR) faz controle
específico por estar, exatamente, no ponto mais crítico do país.
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